segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A Casa Edison

13 de novembro de 1889. Na presença do imperador D. Pedro II, da princesa Isabel e seu marido, o conde D’Eu, um de seus filhos, o príncipe do Grão-Pará, falou e o outro, o príncipe D. Pedro Augusto, solfejou. Era a primeira gravação de sons feita no Brasil, ao ser apresentado à Corte o grafofone (modelo mais avançado de Thomas Edison para seu gramofone). Portanto, D. Pedro Augusto foi o primeiro brasileiro a ter sua voz gravada, cantando.

O Brasil foi dos primeiros países a ter a novidade do final do século XIX – a máquina que aprisionava sons -, já que em 1878, um ano apenas depois de ter registrado sua invenção, Edison receberia autorização do imperador para comercializar a aparelho no país.

A princípio a coisa foi atração de feira, circense, teatral, sendo exibida por camelôs onde encontrassem espaço para reunir meia dúzia de embasbacados cidadãos dispostos a pagar um níquel para ver e ouvir aquela incrível máquina falante. Saída das páginas da ficção registraria poderosa influência na cultura de todos os povos.


No Brasil, o primeiro a se interessar comercialmente pelas máquinas falantes foi o imigrante tchecoslovaco, de origem judaica, Frederico Figner. Menino, emigrou para os Estados Unidos e lá, já adulto, ao tomar conhecimento da invenção, que ainda funcionava de forma primitiva com rolos de cera e deixava de ser curiosidade para se transformar em atividade comercial, comprou um fonógrafo, com alguns rolos de cera, e saiu a exibi-los pelas Américas. De volta àquele país resolve explorar um mercado virgem e parte rumo ao Brasil, onde entra por Belém do Pará no final de 1891. Percebendo o sucesso de suas apresentações, envereda pelo Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e dá com os costados no Rio de Janeiro, em abril de 1892. 


Aluno: David Cortes Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário